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Ponte da Estrada do Sobrado sobre o Rio Corumbataí

Ponte da estrada do Sobrado desaba e por pouco caminhoneiro
não tem a vida ceifada

A tragédia anunciada por fração de segundo não se concretizou no início da noite de terça-feira, dia 12, na zona rural de Rio Claro. Acionado por pessoas que trabalham ou moram no campo o vereador Júlio Lopes (PP) constatou que parte da ponte da Estrada do Sobrado desabou no momento em que caminhoneiro seguia rumo à região do Grande Cervezão.

“Podemos afirmar que por muito pouco uma vida não foi ceifada neste local”, enfatizou o vereador ao lembrar que há tempo vem alertando o poder público do risco. “Levamos o assunto ao conhecimento das secretarias municipais de Obras e Agricultura e nada foi feito. Por sorte o caminhão passou descarregado caso contrário estaríamos neste momento lamentando a perda de um rio-clarense”, desabafou o parlamentar.

Neste ano, em janeiro, Júlio Lopes apresentou requerimento (803/2013) o qual foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal na primeira sessão ordinária do ano cobrando providências emergenciais no que diz reparo a reparos na ponte da Estrada do Sobrado. “É preciso inverter essa cultura de que a providência só é tomada a partir da ocorrência do problema”, aponta o vereador.

Aline Chimatti, que possui propriedade rural naquela região, lamenta o ocorrido. Segundo ela, com a interdição da ponte a rota alternativa mais próxima fica por conta do desvio pela Avenida Brasil rumo à rodovia Wilson Finardi, mais conhecida como Rio Claro-Araras.

Problema resolvido, mesmo que momentaneamente? Nada disso. Aline Chimatti explica que o acesso à continuação da Estrada do Sobrado através da rodovia Wilson Finardi é muito arriscado. “A entrada é ilegal e o desnível do solo traz perigo aos motoristas que precisam reduzir muito a velocidade na pista antes de acessar a estrada de terra novamente”, detalha.

No relato feito ao vereador Júlio Lopes, Aline frisou que na semana passada percebeu que a ponte estava torta e balançando muito mesmo com o peso de um veículo de passeio. “Aqui, passam vans escolares. Eu pergunto: e se um veículo deste cai no Rio Corumbataí com 15 crianças quem vai ser responsabilizado? Depois que ocorreu a tragédia não adianta fazer passeata pelas ruas da cidade cobrando providências”, enfatizou.

O senhor Hélio Miranda que trafega pelas estradas rurais há mais de 40 anos comentou com o vereador Júlio Lopes que na última segunda-feira, com a forte chuva que atingiu a cidade, o Rio Corumbataí por muito pouco não transbordou. “Como esta ponte já estava com problemas visíveis na sua estrutura, a forte chuva desta semana pode ter agravado a situação”, sinaliza. “E alerto a todos, há pontes em piores situações que esta que diariamente são utilizadas por motoristas que trafegam com máquinas agrícolas pesadas”, acrescentou.

Empresário rural, José Alberto Mackey se diz aliviado pelo fato do problema não ter tirado a vida de um trabalhador inocente e comentou com Júlio Lopes que há a referida ponte está condenada há dois anos. “Temendo o desabamento total ou parcial da ponte, deixei de colher a minha plantação de cana no final de dezembro. Não havia como passar com caminhões carregados pela ponte. E, agora, chega a notícia do problema ocorrido”, lamentou.

Segundo Mackey, nenhuma placa foi colocada em ambos os sentidos da Estrada do Sobrado avisando que a ponte, condenada, não suportaria carga superior a 12 toneladas. “Muitas vezes presenciei caminhões e máquinas agrícolas com peso em torno de 24 toneladas passando pela ponte. Risco total”, disse o empresário.

A administração municipal colocou na manhã de quarta-feira, dia 13, tubos de concreto para suspender o tráfego de veículos no local. “Tratores e outras máquinas agrícolas não podem utilizar a SP-191. Então eu pergunto: como vamos trabalhar?” indaga Mackey.

Para evitar a perda de tempo, já que do Grande Cervezão até o trecho interditado há uma distância considerável, o vereador Júlio Lopes reivindicou para a prefeitura a colocação de placa, no início da Estrada do Sobrado, informado da interdição. “É o mínimo”, resume o parlamentar.

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