Os supermercados de Rio Claro são obrigados até 3 de abril a fornecer, de forma gratuita, uma opção para o transporte das compras de seus clientes – que podem ser caixas de papelão, sacolas biodegradáveis ou até mesmo as sacolas plásticas, que foram abolidas após um acordo entre as redes e o governo estadual…. Passada a data, os consumidores terão que se virar para fazer suas compras. A um mês do fim do prazo, supermercados ainda fornecem as sacolinhas, mas controlam sua distribuição para acostumar os clientes.
O fim da distribuição das sacolas entrou em vigor no dia 25 de janeiro. Entretanto, após polêmicas entre consumidores e estabelecimentos, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Procon, Ministério Público e Associação Paulista de Supermercados (Apas) determinou no dia 3 de fevereiro que os estabelecimentos fornecessem algum tipo de embalagem gratuita por um prazo de 60 dias. Depois disso, elas não serão mais distribuídas. Entretanto, os mercados deverão disponibilizar por um preço de até R$ 0,59 por unidade sacolas reutilizáveis, com garantia de três meses, por um prazo de seis meses.
Alguns mercados visitados pela equipe do Procon tinham as tradicionais sacolas disponíveis – em todos eles, entretanto, em quantidade menor do que antes do acordo.Mas,alguns tiraram as sacolinhas dos consumidores , não respeitando a lei que determina a´distribuição até 3 de abril.O Procon avisa que, no caso de denuncia, o supérmercado pode ser autuado.
O uso de alternativas, entretanto, já está bem disseminado entre os consumidores. Em todos os mercados visitados, grande parte dos clientes carregava suas compras com sacolas próprias, como as ecobags, caixas ou até mesmo carrinhos. Há aqueles que levam suas próprias caixas, e outros que só utilizam embalagens caso realmente necessário.
Reclamações
O controle na distribuição das sacolas, entretanto, deixa insatisfeitos alguns consumidores que ainda não se adaptaram às mudanças. “Eu pedi a sacolinha para não trazer as coisas na mão. Não estava no caixa, você tem que pedir, e eles te dão contadas. Dá para carregar, mas não é como antes”, afirma uma consumidora.
“O ponto chave de tudo isso é a conscientização, o esclarecimento, e os estabelecimentos precisam nesses dias restantes melhorar a parte de informação. Ou vai chegar no dia 3 de abril e vai haver problemas”, afirma o diretor do Procon, advogado Sergio Santoro. Segundo ele, já foram identificados nas fiscalizações ,problemas na área da informação.
A assessoria de imprensa do órgão informa que, só em março, foram recebidas 32 reclamações referentes à distribuição das embalagens – entretanto, nenhuma autuação foi feita. Os estabelecimentos são passíveis de multa caso não ofereçam uma alternativa gratuita para o transporte dos produtos ou cobrem pelas sacolinhas plásticas tradicionais.