Duas notificações e nenhuma providência tomada. Este quadro caótico, sobre as seis obras abandonadas das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), foi o tema central da reunião entre Maristela Sampaio, representante do Ministério da Saúde, com o vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Claro, Julinho Lopes e o chefe de Gabinete da Fundação Municipal de Saúde Antônio Archangelo em Ribeirão Preto, local onde se realiza o Congresso de Municípios da Região Mogiana.
Anunciada pelo governo anterior, em 2015, ao custo de R$ 3,5 milhões, as obras abandonadas geram transtornos para pessoas que residem na vizinhança devido à ocupação irregular, por parte de andarilhos e viciados, proliferação de animais peçonhentos, entre outros problemas.
“Enviamos duas notificações para a Prefeitura de Rio Claro, na gestão anterior, o quadro de abandono permanece inalterado”, afirmou Maristela Sampaio. “Agora, a situação complicou-se. A terceira notificação será enviada e se até o dia 12 de maio Rio Claro não comprovar ter condições para concluir todas as obras no prazo máximo de nove meses, o vínculo será suspenso”, frisou a representante do Ministério da Saúde.
Para Julinho Lopes, a situação retrata a irresponsabilidade de gestores públicos. O parlamentar avalia que as obras das UBS Mãe Preta / Vila Verde, Jardim Progresso, Bela Vista/Cidade Nova, Jardim Brasília I, São Miguel e Jardim Figueira precisam ser concluídas e mesmo diante do quadro negativo herdado do governo anterior solicita aos novos gestores da Fundação Municipal de Saúde (FMS) empenho para reverter o quadro. “Não podemos perder estas seis UBS’s. O prazo para a conclusão das obras é curto, por isso, temos de encontrar alternativa o mais rápido possível”, enfatiza o vereador.
Archangelo pontua que esta é mais uma situação grave encontrada neste ano na FMS ao referir-se sobre o déficit de 35 mil atendimentos. “A Saúde de Rio Claro está na UTI em decorrência de má gestão. Estamos montando um cronograma de ações para verificar a possibilidade de salvar as seis UBS’s”, afirmou o chefe de Gabinete. “Duas notificações foram ignoradas, infelizmente”, acrescentou.