Estação de tratamento de chorume
O vereador Julinho Lopes compareceu a inauguração, nesta terça-feira (18) da primeira estação de tratamento de chorume do interior do Estado de São Paulo. A obra foi viabilizada por meio da parceria entre a Sustentare Serviços Ambientais, empresa responsável pela operação do aterro sanitário do município, e a empresa Foxwater, com autorização da Prefeitura. O investimento é de R$ 2, 5 milhões.
A cidade gera por mês 4,8 mil toneladas de lixo, que é levado para o aterro sanitário. De acordo com o tempo, o material orgânico presente no local se decompõe, gerando o líquido que recebe o nome de chorume. Por ser altamente tóxico, ele precisa ter destinação correta, explica a pesquisadora ambiental Sâmia Maria Tornisielo. “Ele é altamente maléfico pode poluir se cair em um corpo de água superficial ou de água subterrâneo, que seja raso ou não muito profundo”.
Em duas ocasiões, a Prefeitura de Rio Claro tentou tratar o líquido no aterro, mas o resultado não foi o esperado. A solução foi fechar um contrato com uma empresa especializada de Jundiaí (SP) para dar a destinação correta a este material. Por mês, até 30 caminhões de chorume chegavam a ser transportados.
“Não é o ideal por vários motivos. Além do transporte e da distância, ele é um material altamente contaminante, então nós teríamos que transportar em carretas. Em caso de um acidente, ele poderia contaminar o solo e o lençol freático”, ressaltou Regina Ferreira da Silva, diretora de Resíduos Sólidos.
Classificação
Em 2011, o aterro sanitário de rio claro chegou a ser considerado inadequado pelo levantamento da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Com base nessa classificação, a empresa que opera o serviço e o poder público tiveram que fazer várias mudanças para se adequar. O resultado apareceu no ano seguinte. Em 2012, a avaliação já foi positiva: a nota subiu para 7,7.
Agora essa nota pode melhorar ainda mais com a nova estação de tratamento, que funciona da seguinte maneira: o chorume é levado por drenos até a estação e passa por três lagoas. Na primeira, as partículas sólidas são separadas. A segunda aumenta a oxigenação e a terceira bombeia o líquido para ser filtrado e tratado. Tudo vai para uma quarta lagoa, que dará o destino correto.
“Essa é uma água ocupável, ela ainda não é de reuso, porque ela tem muitos sais. Então ela é levada na estação de tratamento de esgoto e assim ela pode ser reaproveitada”, explicou o engenheiro ambiental Danilo Eleutério Filho.
A intenção é tratar 600 metros cúbicos de chorume por mês, o equivalente a 40 caminhões. “É uma alternativa para amenizar a questão da poluição ambiental. Tem uma fase de instalação e, embora siga uma norma, existem algumas interferências ali do local, do ambiente, então durante um ano ou um pouco mais isso vai ter que ser adequado até que haja uma eficiência real do projeto”, disse a pesquisadora ambiental Sâmia Maria Tornisielo.
