#Agricultura #ProdutorRuraldoAno A difícil arte de superar desafios para garantir o sustento através do trabalho duro no campo. Diante do êxodo rural, muitas pessoas resistem mantendo a tradição familiar e desta forma contribuindo para que o município tenha setor agrícola aquecido no que diz respeito a produção e venda. Com o objetivo de prestar justa homenagem a estas pessoas que acordam muito antes do raiar do sol para cuidar de plantações e criações, a Câmara Municipal desde 2013, através do Decreto Legislativo 449/2013, de nossa autoria, instituiu a Medalha Produtor Rural do Ano com apoio da Associação dos Produtores rurais de Rio Claro, Sindicato Rural, Conselho dos Produtores Rurais, Casa da Agricultura e Secretaria Municipal de Agricultura. Conheça os homenageados de 2017. #JulinhoLopes #SemprePresente
Posted by Vereador Julinho Lopes on Tuesday, August 22, 2017
A Câmara Municipal realizou solenidade, na noite da última segunda-feira, 21, para a entrega da Medalha Produtor Rural através do Decreto Legislativo de autoria de Julinho Lopes. O vereador integrou a Mesa Principal ao lado do presidente da Casa, André Godoy, prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, e os vereadores Val Demarchi e Geraldo Voluntário.
“É preciso dar o devido valor a quem não poupa esforço para contribuir com o crescimento da nossa cidade”, disse Julinho Lopes. “Este é o objetivo principal desta premiação. A Câmara em nome de toda a cidade agradece a vocês pelo esforço e luta diária”, enfatizou Julinho Lopes.
Da plantação de legumes e verduras, herança dos pais preservadas com muito carinho na memória, a produção de 2 mil ovos por dia. A trajetória de Esequiel Oliveira no Sítio Oliveira, na zona rural na região da Assistência, retrata os passos que vão além de garantir o sustento: o amor pela terra.
“Trabalhamos com avicultura agora. Seja para a venda em feiras ou à rotina de cuidar das aves, o dia aqui começa antes do raiar do sol”, comenta Esequiel. “Tocamos o negócio em família. Fazemos tudo desde o cuidado com as aves, coleta de ovos, limpeza e embalagem”, comenta o produtor que mantém no sítio a memória viva do passado com horta muito bem cuidada. “Aqui, somos felizes”, finaliza Esequiel com olhar emocionado com a consciência de que está mantendo a tradição familiar.
O presidente André Godoy retratou em sua fala a luta diária dos produtores rurais.“A Câmara de Rio Claro presta hoje uma justa homenagem a vocês que transformam dificuldades em oportunidades no árduo trabalho no campo. Esta solenidade é um agradecimento a vocês”, destacou.
Para o casal Liberato e Maria Hepfener, do Sítio Bom Jesus, no bairro dos Lopes, o trabalho só tem hora para começar. Isso mesmo, a idade não é barreira para os produtores agrícolas que cuidam da horta com muito amor e carinho. “Aqui, trabalhamos até aos sábados e domingos se necessário. Levantamos 5h30 e vamos até o anoitecer”, disse Liberato. “Produzimos couve, alface, repolho, tomate, jiló, berinjela, almeirão, brócolis e mandioca. Adoro o que faço. A satisfação é chegar nas feiras e ter a certeza de que as famílias levam para casa produtos de qualidade, saudáveis”, assinala a Dona Maria.
O prefeito Juninho da Padaria fez menção à importância da produção agrícola para as famílias e a cidade. “Vocês são responsáveis por um setor importante da nossa economia. Parabenizo-os pelo trabalho desenvolvido no campo”, disse o prefeito Juninho da Padaria.
De um momento triste, o combustível para dar a volta por cima. Esta frase retrata a vida da família de Roseli Pereira no Sítio Santo Antônio. “Meu marido era caminhoneiro e teve seu veículo roubado. Eu tinha o sítio, resolvemos plantar”, recorda-se Roseli ao frisar a união da família. “Aprendemos a plantar, cuidar e comercializar”, detalha a homenageada ao dizer que o filho ajuda na lavoura enquanto das duas filhas embalam os produtos os quais são vendidos em feiras, cooperativas e restaurantes. Tomate, alface e chicória estão entre os itens produzidos no sítio.
Entender o mundo das abelhas para aprimorar o trabalho desenvolvido por familiares e se tornar um respeitado produtor de mel. Este é o apicultor Antônio Viscaíno. Na infância, ele se recorda da avó que mesmo sem técnica tirava mel das caixas com extrema facilidade. “Ela dizia que era um dom”, assinala o homenageado. A comercialização do mel requer inspeção municipal ou federal. Atento, Viscaíno adotou todas as medidas necessárias e hoje integra marca presente na merenda escolar, no mercado local e também do exterior. “Faço este trabalho com muita alegria e satisfação”, comemora.
A história do Campo do Cocho se confunde com a da família Altarugio no Sítio Bela Vista. Dos 11 irmãos, Euclides, Guilherme, Moacir e Vail retrataram na solenidade um pouco desta trajetória marcada por suor, trabalho árduo e amor ao longo do tempo.
Tudo começou, explica Euclides, na década de 50 com plantação de arroz, cultivo de milho e produção de leite. Na década de 70, a família iniciou com a plantação de cana de açúcar e gado de corte atividades que desenvolvemos até hoje.
“Antes eram nossos pais, depois eu e meus irmãos assumimos o controle do serviço pesado e hoje nossos filhos dão o suporte para manter a tradição familiar”, observa Guilherme ao afirmar que a união familiar é a fórmula para o sucesso do trabalho no campo. “Nos amamos, é isso”, disse.
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