Meio Ambiente

Com iminente racionamento de água, ANA reúne municípios da Bacia PCJ na Sanasa em Campinas

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Com iminente racionamento de água, ANA reúne municípios da Bacia PCJ na Sanasa em Campinas

A escassez hídrica que castiga a região Sudeste aproxima-se do ponto crítico. A análise é da Agência Nacional de Águas, a ANA, que na última segunda-feira, 12, realizou encontro com municípios que integram a Bacia PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

Encerradas as falas, de prefeitos, superintendentes de autarquias e secretários ficou a certeza de que as cidades caminham a passos largos para o racionamento de água. Campanhas para o uso racional da água já foram implantadas em diversas localidades, segundo relatos.

A reunião contou com a presença do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo. O Ministério Público do Estado de São Paulo foi representado pela promotora Alexandra Facciolli Martins que integra o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente, o Gaema. O debate foi acompanhado pelo secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz.

Na abertura dos trabalhos a ANA observou que a região Sudeste sofre escassez hídrica devido ao fenômeno atípico. De acordo com a agência, a renovação da outorga do Sistema Cantareira, assunto que tira o sono das pessoas que atuam na defesa da Bacia PCJ, será adiada na segunda quinzena deste mês. Restam apenas definir os pontos principais para que a medida por ser formalizada. Para a agência não tem cabimento discutir assunto deste porte no momento em que os municípios lutam para manter o fornecimento de água a seus habitantes.

Na avaliação da ANA se faz necessário traçar raio x da situação de cada município e a partir daí acompanhar a situação passo a passo visto que a época de estiagem terá início agora com pico em agosto. A agência explicou que somente com a autorização, via decreto de emergência, do prefeito ou governador do Estado tem condições de decretar o racionamento preventivo ou calamidade pública.

O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, a crise verificada hoje, em que o Sistema Cantareira bate recordes seguidos de baixa de sua reserva de água, ainda é muito pequena diante da que se avizinha, caso não chova. “A crise está dando seus indicativos. Mas a crise que vai surgir se não houver chuva, nem resvalamos nela ainda”, afirmou.

Situação das cidades

Atibaia – município caminha para conceder desconto de 20% na conta para o imóvel que registrar economia de 30% no consumo mensal (média dos últimos oito meses). Campanha do uso racional da água é desenvolvida através de material divulgado por jornais e distribuição de panfletos nas escolas.

Jundiaí – representantes afirmaram que o município “está andando em cima do arame”. Mais de 40 mil panfletos da campanha “Faça Chover” foram distribuídos com o intuito de reduzir o consumo. A captação ocorre no limite. A partir deste ponto a situação ficará insustentável.

Campo Limpo Paulista – A vazão está quase zerada. Situação afeta também Vázea Paulista. Juntos, os municípios contam com 200 mil habitantes.

Piracicaba – a captação de água é superficial. Mas, o maior problema não é a quantidade mas sim a qualidade da água. A partir desta situação, o município teve de aumentar a quantidade de produtos químicos para tratar a água. Meta é diminuir de 45% para 35% as perdas de água.

Americana – Plano de racionamento de água está pronto.

Também estiveram presentes no encontro representantes de Sumaré, Bragança Paulista, Limeira, entre outras cidades. O vereador Júlio Lopes, presidente do Conselho Fiscal do PCJ, esteve representado por sua assessoria na reunião por conta da sessão ordinária do Legislativo local realizada na última segunda-feira.

A assessoria de Júlio Lopes entregou para o vereador de Campinas, Luís Carlos Rossini cópia do Projeto de Lei 141/2014, que tramita na Câmara de Rio Claro. A proposta estabelece sobre as diretrizes gerais de macrodrenagem visando estabelecer medidas para compensar a redução da capacidade de infiltração das águas de chuvas no solo, em decorrência de obras de terraplenagem, edificações e urbanização e mudanças da cobertura vegetal do solo em Rio Claro.

Representantes de diversos municípios estiveram reunidos em Campinas

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