Países europeus e asiáticos já proibiram o uso do Bisfenol A em mamadeiras
A mamadeira que você usa para alimentar seu filho pode oferecer riscos à saúde dele. A matéria-prima para sua confecção, o plástico, tem como componente uma substância denominada Bisfenol A.
O Bisfenol entra na composição do plástico para oferecer maleabilidade, ou seja, sem ela o plástico fica duro e quebradiço. Estudos mostram que o acúmulo deste aditivo pode provocar câncer, está também associado à puberdade precoce em meninas, uma vez que imita o hormônio Estrogênio. A substância em questão também está presente em outros objetos plásticos, mas veja agora por que crianças são alvo principal.
Contaminação
Quando aquecemos líquidos dentro da mamadeira, como o leite, por exemplo, esta desloca seus componentes (dentre eles o Bisfenol) para o líquido, sendo assim, o alimento vai ficar contaminado pelas substâncias presentes no plástico da mamadeira. Como as crianças são mais frágeis, acabam se tornando as maiores vítimas. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a quantidade de Bisfenol A presente em mamadeiras (0,6 mg/Kg) não afeta a saúde. Em contrapartida, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), aconselha a suspensão do uso alegando não haver níveis seguros: “na dúvida é melhor não arriscar”. Mas existem alguns plásticos que não contêm tal substância, é o chamado BPA-free, e por isso sua utilização vem crescendo muito, principalmente em países de primeiro mundo, como os Estados Unidos por exemplo.
Proibição
A importação e venda de mamadeiras que contenham bisfenol A (BPA) está proibida a partir desde dia 1º de junho, em todos os países da União Europeia. Também entrou em vigor na China uma lei que proíbe a produção de frascos para alimentação infantil que contenham o químico. O composto já foi banido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em pelo menos 11 Estados americanos. No Brasil, a proibição do químico está em discussão no Congresso. Em abril, a Justiça determinou à Anvisa que regulamentasse em 40 dias a inclusão de um alerta sobre a presença da substância nas embalagens dos produtos. A agência conseguiu prorrogar o prazo até agosto e está recorrendo da decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rio Claro
Sabendo do perigo que milhares de crianças estão correndo, o vereador Julinho Lopes, convida a comunidade para participar da palestra sobre os riscos de uso do Bisfenol A. O evento que acontece na segunda-feira (13), as 19hrs, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Rio Claro é aberto a todos os interessados pelo tema. De acordo com o vereador, a iniciativa é um esforço conjunto regional, iniciado este ano em palestra proferida em Piracicaba. “A intenção é que os perigos do Bisfenol cheguem ao conhecimento de toda a população, estamos planejando palestras em outras cidades, como Araras” cita Julinho Lopes.
Para confirmar sua presença entre em contato até o dia 10 de junho através do telefone 3526-1316 ou do e-mail julinholopes@camararioclaro.sp.gov.br.
