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PROMOTOR TRANQUILIZA FAMÍLIAS DO PÉ NO CHÃO

ENTREVISTA COLETIVA ONTEM(20) REUNIIU A IMPRENSA, O PROMOTOR DR GILBERTO, REPRESENTANTES DA FIA, OAB E BAIRRO

  As famílias que vivem no Conjunto Habitacional Oreste Armando Giovanni podem respirar aliviadas, já que nenhum imóvel será demolido e, portanto ninguém terá que deixar o local. A garantia foi dada na tarde de terça-feira (20) pelo promotor público Gilberto Porto Camargo. Ao lado de representantes da 4ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Secretaria de Habitação e Câmara Municipal, ele reuniu a imprensa para esclarecer a confusão criada naquele bairro (conhecido também como “Pé no Chão”) depois da distribuição de panfletos, cujo teor afirma que os moradores serão removidos por força de uma ação de reintegração de posse que estaria tramitando na Justiça Pública.
“Isso é uma covardia sem limites. Um verdadeiro ato de terrorismo contra essas pessoas”, disse o promotor. Ele frisa que na verdade existe sim um processo aberto em 2007 que foi movido pela Fazenda Pública Estadual. Entretanto, essa ação diz respeito a algumas casas localizadas dentro de uma das colônias da Floresta Estadual e nada tem a ver com o conjunto habitacional. Nesse mesmo processo, as autoridades também lutam para evitar a ocupação ilegal em torno do antigo Horto Florestal. “Uma cocheira e um pequeno barraco já teriam sido erguidos nessa área e seguramente serão demolidos”, observa Gilberto Porto.
O “Pé no Chão” começou a ser loteado em 1995, quando as famílias beneficiadas pelo programa habitacional da época começaram a chegar. A questão é que até hoje nenhum morador tem a escritura de seu imóvel. Em 2009 foi aberto um inquérito civil, cobrando providências. Uma espécie de força-tarefa foi criada numa desesperada tentativa de desatar esse nó. A Secretária Municipal de Habitação confirmou que houve avanços significativos no processo de regularização dos lotes. A reportagem do JC esteve no “Pé no Chão” e pode constatar que o clima no bairro era o pior possível. A maioria dos moradores teme perder suas casas.
Hoje são cerca de 700 residências com mais de três mil pessoas vivendo no bairro. A comerciante Ana Lúcia Alcântara conta que foi uma das primeiras a chegarem. “Em 1996 comecei a construir minha casa e mudei no ano seguinte. Desde aquela época já pagávamos impostos, conta de água e luz. Dizem que o bairro foi loteado em uma área de preservação ambiental e de maneira irregular. Se isso fosse verdade, por que só agora querem tomar uma providência?”, se queixa a munícipe. O ceramista Rodrigo Santana também reclama. “Quem elaborou esse panfleto é covarde. Muitas famílias estão com receio de perder suas casas”, diz ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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